
'Coinc, coinc, coinc, coinnnnc…' qual porco a grunhir! É que ninguém repara nem nada.
O carro há de ter sempre uma roda bloqueada com folhas de salada colada na mesma. Ando pelos corredores com o carro das compras em viés. Que se dane, as pessoas que se arrumem, os carros deficientes têm prioridade!
Quanto mais carrego o carro, mais barulho faz e mais difícil torna-se dirigi-lo: é a luta do “homem” contra a máquina.
Quando acabo as compras, a marcha atrás fica empenada. Posso estar a 2 metros das caixas tenho que dar a volta ao hipermercado, sempre de bom humor:
'Coinnnnnnnncccc…. Coinnnnnncccc…'
Finalmente chego às caixas para o pagamento. Pouco importa a fila que escolho, as filas das outras caixas avançam sempre mais rapidamente. Basta colocar-me numa… bloqueio geral!
Enquanto isso as outras filas não param de avançar.
Aguento largos minutos quando finalmente só está um cliente à minha frente. A minha felicidade esmorece quando reparo que o tal cliente é do mais… BRONCO que existe. Leva um tempo infinito a despejar a porcaria do cesto e mais 2 horas para lembrar-se do código do multibanco. Uma característica destes panascas é que têm sempre um artigo sem o código de barras, logo sem preço.
Finalmente chega a minha vez, coloco os produtos no tapete com um sorriso amarelo para a menina da caixa:
- Aqui é para clientes com 15 artigos no máximo!!
Se não é a questão dos 15 artigos é o multibanco que não funciona… Regra geral, poucas são as vezes em que as compras me correm muito bem.
Coloco tudo no carro com um ar de serial killer e imagino-me sacar da metralhadora. Desloco-me para outra fila cheia de gente com carros de compras a abarrotarem.
É tão bom fazer compras!